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Mostrando postagens de 2018

Todo mundo entende de política agora?

Desde que eu me lembro, sempre me interessei por política. Talvez porque meu pai sempre conversou com a gente sobre o assunto e me levava para votar com ele nas eleições. Não fazia parte de nenhum partido político, nem tinha conhecimento formal a respeito, mas se envolvia na comunidade e participava das decisões escolares. Com o passar dos anos me vi participando de reuniões em movimentos estudantis, mas sem nunca tomar a frente, pois não entendia que esse deveria ser o meu papel. Me lembro de conversar com os colegas sobre eleições e defender os candidatos de minha escolha. Lembro claramente da campanha do Lula em 2002. Assisti TODOS os debates e horários políticos para presidente. Sempre muito comum ver os candidatos se atacando durante o horário político, mas eu gostava de ver as propostas. Num desses ataques, disseram que o Lula não era capaz de governar o país, pois não tinha estudo. Lembro que o último programa eleitoral dele naquele ano foi dedicado a apresentar propostas para

Chá da tarde

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-Ei, como você tá? Sumiu... -Tô bem. Nossa, tô na maior correria. Muitas coisas pra fazer. Muito comum esse diálogo, seja virtual ou pessoalmente, todos correndo, atrasados, com muitos compromissos e pendências pra resolver. As vezes não dá tempo, ficamos com a sensação de incompletude. Outras precisamos priorizar, porque já sacamos que não daremos conta de fazer tudo, então fazemos apenas o mais urgente.  Sempre fui uma pessoa que gosta de planejamento, organização. Muitas vezes me frustrei porque as coisas não saíram "do meu jeito" e o mal humor tomava conta de mim. Já desisti de projetos iniciados porque a realidade não correspondia ás minhas expectativas.  Hoje tudo foi diferente do que eu pensei que seria. Peguei trânsito, esqueci de pegar um documento que iria precisar, fiquei esperando uma encomenda que não chegou (até agora), tantas tarefas domésticas pra fazer que nem sei por onde começar... Resolvi fazer um chá. Esquentar a água, adoçar um pouco, al

Amazing Day

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Em meados de 2002, na época de ouro da MTV, conheci uma banda britânica chamada Coldplay. A voz doce com um belo falsete, aliada ao som melancólico das canções me cativaram imediatamente. Passei a ouvir diariamente, me identificando cada vez mais com as letras, que mesmo falando sobre problemas e dificuldades da vida, trazem uma mensagem de superação e esperança. O quarteto, liderado por Chris Martin, tornou-se minha banda favorita. Acompanhava notícias, clipes e o lançamento de novas músicas e discos com ansiedade e grande interesse. Ao longo de 16 anos alimentei o desejo assistir uma apresentação ao vivo. Já havia tentado ir três vezes, mas por motivos diversos nunca consegui concretizar. Quando soube que a banda planejava vir ao Brasil novamente, quase não acreditei. Aquela seria talvez minha última chance de realizar meu sonho (pois há rumores sobre o término da banda). Com apoio do meu amado esposo e parceiro de todas as horas, planejamos e conseguimos comprar o ingresso e org

Eu também vou reclamar

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Uma coisa que já fiz muito (mas tenho feito cada vez menos, graças a Deus) é criticar. Não digo sugerir, apontar pontos a serem melhorados, a famosa crítica construtiva, mas aquela crítica pessimista, próxima da reclamação. O que me ajudou a sair da posição da pessoa que coloca defeito em tudo foi a psicoterapia. Me percebi uma pessoa amarga, excessivamente crítica e frustrada, pois as coisas não eram como eu queria. A mudança é construída diariamente e nunca termina. Quando adolescente, me acahndo muito mais sábia do que realmente era (adolescente, né?) julgava as pessoas pelo gosto musical. Pra mim, existiam os estilos e artistas das "pessoas cultas" e das "não cultas". Esse pensamento é triste e limitador, admito, mas era assim que eu pensava durante um tempo. Acontece que as pessoas são complexas e nunca fazem ou gostam de uma coisa só. Eu gosto de Anitta e de Edith Piaf, do filme Procurando Nemo e de filme de terror, de ler e dançar.  Ao ler esse texto, muit

Moana: um mar de representatividade

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Vocês já assistiram o filme Moana - Um Mar de Aventuras (Disney, 2016)? Fui assistir com as crianças logo que estreou no cinema. Lembro que fui apenas acompanhá-los e fiquei impactada com a beleza e entretenimento que o filme proporciona. É um filme alegre, divertido e muito musical. Um dos melhores de animação que já vi. Gostamos tanto que assistimos várias vezes nessas últimas férias e já sabemos cantar algumas canções de cor. O mais legal de tudo, foi ouvir do Daniel, que ainda não tem nem 4 anos: -Mamãe, eu gosto das outras meninas, mas eu gosto mais da Moana. Não gosto quando o Maui (personagem masculino) fica falando coisas feias dela. É o primeiro filme infantil que vejo que a mulher não é princesa e é realmente protagonista (Frozen chegou perto, mas Elsa e Ana ainda eram rainha e princesa). Moana é negra, não tem super poderes e não tem nem procura por um par romântico. Todas as mulheres da história são sábias e importantes. Um filme muito legal para adultos e crian