Todo mundo entende de política agora?
Desde que eu me lembro, sempre me interessei por política. Talvez porque meu pai sempre conversou com a gente sobre o assunto e me levava para votar com ele nas eleições. Não fazia parte de nenhum partido político, nem tinha conhecimento formal a respeito, mas se envolvia na comunidade e participava das decisões escolares. Com o passar dos anos me vi participando de reuniões em movimentos estudantis, mas sem nunca tomar a frente, pois não entendia que esse deveria ser o meu papel.
Me lembro de conversar com os colegas sobre eleições e defender os candidatos de minha escolha. Lembro claramente da campanha do Lula em 2002. Assisti TODOS os debates e horários políticos para presidente. Sempre muito comum ver os candidatos se atacando durante o horário político, mas eu gostava de ver as propostas. Num desses ataques, disseram que o Lula não era capaz de governar o país, pois não tinha estudo. Lembro que o último programa eleitoral dele naquele ano foi dedicado a apresentar propostas para educação. No final, Lula disse que se comprometia a ampliar e investir na educação para que nenhum brasileiro precisasse ouvir que era incapaz por não ter estudado. Naquele dia eu chorei. Chorei porque me reconheci naquele relato, naquela ofensa. Reconheci minha família, minha vizinhança. Graças aos investimentos na educação dos anos seguintes, eu e muitos conhecidos, parentes e amigos estudaram, tiveram oportunidades e mudaram seus horizontes. Não estou escrevendo esse texto para fazer campanha partidária, tampouco justificar ações do ex presidente, mas para mostrar um recorte da minha história. Eu me vi no discurso de um político, no qual votei por me identificar com ele. O discurso gera ações e motiva as pessoas. É através das palavras que criam-se ideias e conceitos e tenho ficado muito preocupada com alguns discursos que ando ouvindo nessas eleições. Intolerância, ignorância, desrespeito... sinto que estamos por um fio para um grande caos... tenho muito medo do que está por vir, mas torço para que a esperança vença o medo novamente...
Me lembro de conversar com os colegas sobre eleições e defender os candidatos de minha escolha. Lembro claramente da campanha do Lula em 2002. Assisti TODOS os debates e horários políticos para presidente. Sempre muito comum ver os candidatos se atacando durante o horário político, mas eu gostava de ver as propostas. Num desses ataques, disseram que o Lula não era capaz de governar o país, pois não tinha estudo. Lembro que o último programa eleitoral dele naquele ano foi dedicado a apresentar propostas para educação. No final, Lula disse que se comprometia a ampliar e investir na educação para que nenhum brasileiro precisasse ouvir que era incapaz por não ter estudado. Naquele dia eu chorei. Chorei porque me reconheci naquele relato, naquela ofensa. Reconheci minha família, minha vizinhança. Graças aos investimentos na educação dos anos seguintes, eu e muitos conhecidos, parentes e amigos estudaram, tiveram oportunidades e mudaram seus horizontes. Não estou escrevendo esse texto para fazer campanha partidária, tampouco justificar ações do ex presidente, mas para mostrar um recorte da minha história. Eu me vi no discurso de um político, no qual votei por me identificar com ele. O discurso gera ações e motiva as pessoas. É através das palavras que criam-se ideias e conceitos e tenho ficado muito preocupada com alguns discursos que ando ouvindo nessas eleições. Intolerância, ignorância, desrespeito... sinto que estamos por um fio para um grande caos... tenho muito medo do que está por vir, mas torço para que a esperança vença o medo novamente...
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