Ninguém lê mais nada (graças a Deus)
Hoje eu estava resolvendo umas coisas no computador no final do dia e o Dan me pediu para fazer algo com ele. Me lembrei de um post antigo, da época que eu escrevia pro blog sobre coisas para fazer na internet (eram outros tempos, as interações na internet eram principalmente por texto, antes da era do Tik Tok). Encontrei então o blog e fiquei feliz de saber que ele ainda existia. Um registro de escritos que provavelmente ninguém vai ler, mas ainda assim um espaço para escrever... Esse ano reduzi meu tempo diário nas redes sociais e tenho tentado fazer outras coisas como estudar, ler e dormir mais cedo. Ainda passo muito tempo em tela, mas já senti diferença na minha energia e maneira de pensar. É como se minha mente estivesse menos poluída. É engraçado isso, mas nossa sociedade vive um excesso de informações e opções e me parece que estamos desaprendendo a descansar, viver o ócio, apreciar o momento. Não sou contra a modernidade, muito menos contra os inúmeros avanços que a tecnologia nos trouxe. Mas acho que perdemos um pouco o equilíbrio em relação a hiperconectividade.
Parece que as redes sociais se tornaram um intermediário entre o mundo real e virtual e que não se pode viver no primeiro sem o segundo. Assim, as vezes ficamos tanto tempo no virtual que o real vai ficando esvaziado, superficial. Porque no virtual tudo tem que ser rápido, dinâmico, interessante. Não tem espaço pro textão. Mas o que me pega são as palavras, as nuances e nem sempre a vida é tão rápida e interessante. Muitas vezes é só um barulhinho de chuva, o cheiro do café, um bolinho de fubá e a sensação de frescor pós banho. O virtual me ajuda a trabalhar, estudar, manter contato com amores longínquos. Mas também rouba nosso tempo, sobrecarrega nossos sentidos e restringe nossa visão. Que bom voltar a escrever no blog. Pena que ninguém vai ler.
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